Sorocaba alcança um marco expressivo na área de sustentabilidade energética, a cidade agora abriga a maior usina de energia solar do estado de São Paulo, na modalidade de geração distribuída, instalada no Parque Tecnológico, a usina é resultado de uma parceria entre o município e o Grupo VA Soluções Sustentáveis, prometendo gerar 10 GWh por ano, o equivalente ao consumo médio de aproximadamente 5 mil residências.
Além de reduzir significativamente os custos com energia elétrica, principalmente no setor público, o empreendimento representa uma contribuição efetiva à redução de gases de efeito estufa, com uma estimativa de corte de 290 toneladas de CO₂ por ano.
Com 9.984 módulos fotovoltaicos ocupando mais de 53 mil metros quadrados, a usina é um exemplo prático do impacto positivo que a engenharia e a inovação tecnológica podem gerar. O engenheiro eletricista Marcelo Maia, sócio-diretor da usina, ressalta que a iniciativa demonstra os benefícios tangíveis da energia limpa. “Além da redução nas emissões, a usina impulsiona a economia local, gera empregos e estimula políticas públicas voltadas à energia renovável, a implantação enfrentou desafios como a logística em área urbana, integração com a rede elétrica e questões ambientais, mas todos foram superados com planejamento técnico e soluções sustentáveis”.
Do ponto de vista técnico, a usina possui capacidade instalada de 6,2 MWp e utiliza sistemas de monitoramento de ponta, como inversores inteligentes, sensores de radiação e softwares de análise em tempo real, para garantir eficiência contínua. Há também um compromisso com a destinação ambientalmente correta dos equipamentos, prevendo logística reversa e reciclagem ao fim da vida útil das placas, que dura entre 25 e 30 anos.
Alessandro Nogueira, engenheiro mecânico e presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Sorocaba (AEAS), destaca que o projeto é um marco no avanço de Sorocaba rumo à sustentabilidade. “A usina representa mais do que um ganho energético, ela posiciona Sorocaba como referência estadual em inovação, sustentabilidade e desenvolvimento alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, como energia limpa (ODS 7) e ação climática (ODS 13)”, comemora.
“Além de atrair investimentos e fomentar a inovação, o projeto educa e inspira, sendo um exemplo concreto de como cidades médias podem liderar a transição energética no país”, finaliza o presidente da AEAS.
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